Conhecer quais são os diferentes graus de obesidade existentes é fundamental para que alguns cuidados possam ser tomados. Afinal, a partir dessa classificação a gravidade do caso pode ser mensurada.
Entretanto, tão importante quanto saber lidar com a obesidade é não confundir gordofobia com preocupação com a saúde de um corpo gordo.
Por isso, continue a leitura e saiba como identificar os níveis de acúmulo de gordura e o que fazer para prevenir doenças graves, como o câncer (e o preconceito)!
Obesidade x Gordofobia: um corpo gordo pode ser saudável?
Tratar sobre obesidade em um país gordofóbico é delicado, pois muita gente usa o argumento “estou falando para o seu bem, por causa da sua saúde” para julgar uma pessoa pelo seu peso e reproduzir falas que reprovam o corpo fora do “padrão”.
A verdade é que o peso, de forma isolada, não fecha diagnóstico! Ou seja, não é um parâmetro que comprove falta de saúde. Porém, o preconceito enraizado na sociedade faz com que pessoas acima do peso sejam consideradas sempre doentes.
Cientificamente, o acúmulo de gordura corporal causa certas predisposições, aumentando as chances de desenvolver casos de pressão alta, diabetes, doenças cardíacas, dificuldades respiratórias, câncer e etc.
Entretanto, não é uma regra que todo indivíduo acima do peso seja alguém doente ou menos saudável do que um magro.
Afinal, o que causa a obesidade?
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é considerada uma doença crônica e progressiva. Além disso, o problema é tido como uma epidemia e causa mais de 1,2 milhão de mortes por ano só na Europa.
Mas quais serão as principais causas da doença?
Acompanhe a seguir:
1. Alimentação
O impacto que a alimentação exerce sobre a saúde é enorme, por isso, cuidar da dieta é essencial para quem não quer ficar doente. No caso da obesidade, é preciso equilibrar as calorias ingeridas e gastas para evitar o acúmulo de gordura.
2. Sedentarismo
Indispensável ao bom funcionamento do organismo, o exercício físico deve ser priorizado por qualquer pessoa. Logo, o sedentarismo contribui para o desencadeamento da obesidade e de outras doenças.
3. Fatores genéticos
No entanto, não é só comer “demais” ou não se exercitar que causa obesidade. Afinal, alguns metabolismos são naturalmente mais lentos e acumulam a gordura com maior facilidade. Pode ser uma questão genética ou hormonal, por exemplo.
4. Fatores psicológicos
Por fim, questões psicológicas — tais como estresse, depressão, ansiedade e compulsão alimentar — também desencadeiam, frequentemente, casos de obesidade.
Quais são os possíveis graus de obesidade?
Em geral — embora não seja uma medida universal —, a classificação sobre os graus de obesidade é baseada no Índice de Massa Corporal (IMC).
O cálculo do IMC é realizado dividindo-se o peso da pessoa pela altura ao quadrado (IMC = Peso/Altura²).
Para ter um diagnóstico conclusivo, é imprescindível que o indivíduo com excesso de peso busque um profissional capacitado que analise seus exames de forma personalizada.
Com base no IMC, porém, a classificação é a seguinte:
Sobrepeso (IMC entre 25,00 e 29,90 Kg/m2)
O sobrepeso está a um passo da obesidade e é considerado o primeiro sinal de alerta para a doença. Mesmo nesta fase, é possível apresentar diabetes e hipertensão, por exemplo.
Recomenda-se, portanto, procurar ajuda médica para que o quadro não evolua.
Obesidade Grau 1 (IMC entre 30,00 e 34,90 Kg/m2)
Aqui, o indivíduo já deve ter maior atenção e iniciar, imediatamente, algumas mudanças de hábitos, como melhorar a alimentação e passar a praticar atividades físicas.
Além, é claro, de ter um acompanhamento com nutricionista e outros profissionais da saúde. Neste estágio, normalmente, ainda é cedo para tratamentos extremos, como a cirurgia bariátrica.
Obesidade Grau 2 (IMC entre 35,00 e 39,90 Kg/m2)
Também conhecida como obesidade moderada, o nível 2 da doença oferece riscos mais elevados à saúde. De tal modo, o ideal é fazer um acompanhamento médico mais rigoroso.
Outra recomendação é investir na reeducação alimentar e criar uma rotina de exercícios físicos com foco nos aeróbicos.
Afinal, dentre os graus de obesidade, este está à beira do mais crítico de todos.
Obesidade Grau 3 (IMC igual ou maior que 40,00 Kg/m2)
O estágio 3, mais intenso e agressivo da obesidade, é chamado de obesidade mórbida. Não à toa, é comum que já existam, no quadro clínico, mais de uma doença associada ao excesso de peso.
Apesar de cada caso ser único e ter suas particularidades, nesta fase algumas cirurgias já podem ser indicadas, como a bariátrica.
Por que é importante cuidar do peso corporal?
Depois de conhecer os diferentes graus de obesidade, fica mais simples entender a importância de apostar na perda de peso caso sua saúde não esteja bem ou se você estiver desconfortável de alguma forma.
Além disso, é preciso estar atento à obesidade antes que ela tome maiores proporções.
Resumidamente, algumas das doenças associadas ao excesso de peso são:
- Hipertensão;
- Doenças cardiovasculares;
- Diabetes tipo 2;
- Problemas articulares;
- Apneia do sono;
- Gordura no fígado;
- Pedra na vesícula;
- Refluxo gastroesofágico;
- Tumores no intestino e vesícula;
- Complicações em doenças adjacentes (como a Covid-19).
O que pode ser feito para reverter a obesidade?
Para encerrar, vale destacar que os vários graus de obesidade oferecem grandes riscos à saúde mental. Mais uma razão para o paciente tratar a doença e a sociedade tratar o preconceito, que não deixa de ser uma doença gravíssima!
Assim sendo, o tratamento da obesidade se baseia em 3 pilares:
- Alimentação equilibrada (preferencialmente com alimentos naturais);
- Disciplina na prática de atividade física;
- Acompanhamento médico (nutricionista, endocrinologista, psicólogos, etc).
Portanto, cuide da sua saúde, dos seus hábitos, esteja atento ao menor sinal de desconforto e realize seus exames com regularidade.
Dessa maneira, muitas doenças podem ser prevenidas ou tratadas a tempo, antes que levem a estágios irreversíveis!
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