A fim de cumprir seu papel diante da Lei e, principalmente, garantir que a integridade de seus colaboradores está sendo preservada, toda empresa deve saber o que é laudo ergonômico.

Mais do que isso, é fundamental conhecer as nuances do documento, entender em quais circunstâncias ele é exigido e como deve ser elaborado. Afinal, muitas vezes, é através dele que as condições adequadas de trabalho podem ser comprovadas.

Portanto, se você não quer colocar seu negócio e sua equipe em risco, fique por aqui até o final e descubra tudo o que precisa saber sobre o laudo ergonômico e as suas principais características.

O que é um Laudo Ergonômico?

De maneira bastante resumida, o laudo ergonômico é um documento solicitado em causas trabalhistas. 

Quando se deseja identificar as condições de trabalho oferecidas por uma empresa aos seus funcionários, o Juiz solicita a declaração, que visa comprovar que o local é seguro e não apresenta riscos à saúde do colaborador.

É por meio deste documento, inclusive, que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é capaz de conceder os benefícios necessários aos trabalhadores afastados de suas funções devido à Lesão por Esforço Repetitivo (LER) ou Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT).

Vale destacar ainda, que existem três principais tipos de laudos: Laudo Ergonômico do Objeto, Laudo Ergonômico do Posto de Trabalho e Laudo Ergonômico Funcional.

Para que o documento serve?

Bem como foi brevemente citado, o laudo ergonômico tem a função de analisar as condições físicas dos departamentos administrativos e produtivos de uma organização.

Ou seja, segundo a NR-17 — a qual trata sobre o assunto —, o laudo ergonômico tem o objetivo de estabelecer parâmetros para melhorar a empresa ou adaptações das condições de trabalho.

É por meio deste documento que se torna possível, por exemplo, traçar estratégias e implementar mudanças que consigam reduzir as chances de acidentes e doenças ocupacionais.

Isso acontece, porque o laudo ergonômico traz o real cenário da empresa, identificando quais são os pontos que devem ser tratados e como devem ser as intervenções para que surtam os efeitos esperados.

Em geral, essas adaptações são feitas nas máquinas, equipamentos, ferramentas e mobiliários usados no ambiente de trabalho e que devem se adequar às características psicofisiológicas dos trabalhadores.

A partir daí, é possível proporcionar conforto e segurança aos funcionários, garantindo, inclusive, que a produtividade aumente.

 

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Quando o Laudo Ergonômico deve ser feito?

Depois de entender o que é laudo ergonômico e para que ele serve, você ainda precisa saber em quais situações ele deve ser elaborado.

Diferentemente da análise ergonômica do trabalho (AET), que é obrigatória e precisa ser realizada uma por ano, o laudo ergonômico deve ser feito apenas quando solicitado pela Justiça.

Além disso, segundo a NR-17, o documento pode ser exigido pelo Juiz quando a empresa apresentar as seguintes condições:

 

  • Levantamento, transporte e descarga individual de materiais (17.2): transportes feitos por um único trabalhador, mesmo que de maneira esporádica, ainda que com o auxílio de vagonetes, carros de mão ou outros aparelhos mecânicos;
  • Mobiliário dos postos de trabalho (17.3): móveis utilizados no desempenho das atividades de um colaborador, das mesas de um escritório às bancadas para atendimento ao público;
  • Equipamentos dos postos de trabalho (17.4): equipamentos, aparelhos e acessórios utilizados para as devidas atividades, como teclados e monitores;
  • Condições ambientais de trabalho (17.5): dividem-se em níveis de ruído, temperatura, velocidade e umidade relativa do ar;
  • Organização do trabalho (17.6): define que as atividades desempenhadas devem estar de acordo com as características psicofisiológicas dos colaboradores e a natureza deste tipo de trabalho.”

 

Qual deve ser o conteúdo do Laudo Ergonômico?

16h15 Embora alguns tipos de laudo ergonômico exijam uma estrutura diferenciada, que contemple as particularidades de cada contexto, de modo geral, podemos citar três principais itens que não podem faltar no documento:

 

  • Condições organizacionais do trabalho: pressão por metas, rotinas operacionais, diminuição do desgaste físico, organização das atividades, frustração com metas divergentes;
  • Condições ambientais: temperatura, vento, luminosidade, ruído e umidade do ar;
  • Condições físicas do posto de trabalho: biomecânica corporal envolvida no desempenho da tarefa, postura, dimensionamento dos equipamentos e mobiliários, entre outros.

 

Quem pode elaborar o Laudo Ergonômico?

Para encerrar, é primordial que você saiba quem é o profissional responsável por elaborar e assinar o laudo ergonômico. 

Assim sendo, é preciso que o especialista em questão tenha conhecimento profundo em ergonomia, como médicos do trabalho, educadores físicos e fisioterapeutas.

Tais profissionais devem estar devidamente habilitados pelo conselho que rege sua atividade e dominar as medidas impostas pelo documento, as quais impactam diretamente nas funções desempenhadas pelos colaboradores.

Logo, vale ressaltar que não basta saber o que é laudo ergonômico ou conhecer os itens que o compõem para assiná-lo. É preciso, antes de mais nada, ser um especialista em saúde e segurança do trabalho.

Portanto, se você quer evitar transtornos, a dica aqui é contar com uma empresa especializada no assunto e que tenha expertise não só na elaboração do laudo ergonômico, mas também nas questões relacionadas ao tema.

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