Inseridos num contexto onde milhares de pessoas morrem em virtude das condições às quais são expostas nos ambientes de trabalho, entender o que é doença ocupacional e como preveni-la é uma tarefa urgente!

Pesquisas apontam que o número de mortes causadas por problemas cardiovasculares teve um salto enorme devido a uma série de fatores ligados às atividades laborais.

De tal forma, no post de hoje, vamos te mostrar os riscos desse tipo de trabalho e o que sua empresa deve fazer para cuidar dos colaboradores e não entrar para essas trágicas estatísticas.

Acompanhe até o final!

O que é Doença Ocupacional?

Resumidamente, é considerada como doença ocupacional qualquer complicação de saúde causada por uma atividade profissional e pelas condições do local de trabalho.

Por isso, é de suma importância que as corporações tenham um plano de ação rigoroso capaz de prevenir os riscos. 

Tal medida só pode ser implementada a partir de muito estudo e conhecimento sobre cada função desempenhada, por cada funcionário e cada ambiente presente na empresa.

Através dessa análise e do investimento em programas de segurança e saúde, diversos acidentes e doenças ligadas a movimentos repetitivos, exposição a produtos perigosos e ruídos excessivos, por exemplo, podem ser evitados. 

Quais os principais tipos de Doenças Ocupacionais?

Agora que você já sabe o que é doença ocupacional, podemos te apresentar quais são as principais delas de acordo com o Ministério do Trabalho. Confira os tipos de enfermidades mais comuns:

LER e DORT

As siglas LER e DORT significam, “Lesões por Esforços Repetitivos” e “Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho”, respectivamente. 

Essas são duas das doenças ocupacionais mais frequentes na categoria de problemas causados por atividades repetitivas, como passar longas horas sentado, em pé ou digitando, por exemplo.

Com isso, dores nos músculos, ossos, nervos e articulações podem ocorrer, dando origem a casos de LER/DORT e muitas outras lesões ou inflamações, como tendinite ou bursite.

Para que isso possa ser evitado, a recomendação é investir em ergonomia e adotar pausas regulares, com exercícios e alongamentos.

Auditivas

As doenças auditivas são causadas, nesse contexto, por barulhos excessivos de máquinas e ferramentas. 

Alguns dos principais sintomas envolvem dores de cabeça, irritabilidade, zumbido nos ouvidos e necessidade de volumes cada vez mais altos. Logo, a exposição a ruídos contínuos e acima de 80 decibéis pode levar à perda auditiva total.

Para prevenir o distúrbio, é imprescindível o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), como o protetor auricular. Além disso, também é válido investir em isolamento acústico e diminuir as horas de exposição aos barulhos.

Respiratórias

Com relação às enfermidades respiratórias, elas atingem os trabalhadores que estão expostos, de maneira recorrente, a ambientes com resíduos liberados por máquinas ou produtos que prejudicam o sistema respiratório.

Algumas dessas doenças são a asma e a antracose pulmonar. Bem como no caso dos problemas auditivos, aqui, os EPIs também são indispensáveis na redução da absorção de partículas prejudiciais.

Psicossociais

Uma das maiores preocupações da atualidade é, sem dúvida, a saúde mental. Por isso, as principais doenças ocupacionais que estão no radar são: estresse, depressão, ansiedade, enxaqueca e burnout.

Tais distúrbios são desencadeados em ambientes onde existem altos índices de cobrança, desgaste e pressão. Para evitar essas doenças ocupacionais, é preciso investir em boas lideranças, comunicação interna e metas realistas.

Por fim, vale destacar que segundo a lei 8.213 que trata sobre as doenças ocupacionais, não estão relacionadas diretamente às condições de trabalho enfermidades como Alzheimer, Parkinson, catarata, gripe e malária, por exemplo.

 

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Existe diferença entre Doença de Trabalho e Ocupacional?

Embora muita gente possa pensar que as duas expressões significam a mesma coisa, isso não é verdade. A diferença está no ambiente laboral e na atividade profissional que é executada.

Isso significa que a doença ocupacional se refere às enfermidades causadas pelo tipo de função desempenhada pelo colaborador.  

Ou seja, um soldador diretamente exposto à luz da solda e às faíscas corre o risco de ter problemas na visão.

Por outro lado, a doença de trabalho se deve, especificamente, às condições do ambiente de trabalho

Um exemplo pode ser um funcionário do setor administrativo de uma fábrica, que mesmo atuando dentro da sua sala pode ser exposto aos elevados ruídos das máquinas. Logo, ele pode apresentar deficiência auditiva.

Qual o papel da legislação na proteção ao trabalhador?

Os direitos de qualquer trabalhador devidamente contratado no regime da CLT,  estão assegurados pela legislação. 

Isto é, caso tenha sua saúde prejudicada, esse funcionário poderá, inclusive, após análise e perícia médica, receber um benefício previdenciário enquanto está afastado do trabalho para se recuperar.

Além disso, as doenças ocupacionais também englobam os acidentes de trabalho. Nesses casos, a empresa deve preencher o formulário de Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT).

Esse documento é indispensável no momento em que o trabalhador precisa comprovar que seu acidente aconteceu dentro do ambiente laboral e em virtude da atividade que exerce.

Como as Doenças Ocupacionais podem ser prevenidas?

Se você chegou até aqui, agora já sabe o que é doença ocupacional e conhece, inclusive, alguns exemplos. Porém, além do uso dos EPIs — que é fundamental —, o que mais pode ser feito para evitar o surgimento dessas enfermidades?

A premissa para construir uma empresa segura e saudável, é investir em uma cultura organizacional que priorize o bem-estar e a qualidade de vida de todos os colaboradores.

Na prática, algumas medidas podem ser tomadas, como por exemplo:

  • Treinar, orientar e fiscalizar os trabalhadores para garantir o bom uso dos EPIs;
  • Esclarecer quanto aos riscos inerentes às atividades desempenhadas;
  • Padronizar processos para que sejam mais seguros;
  • Promover a capacitação contínua dos trabalhadores;
  • Realizar exames médicos periódicos;
  • Estimular hábitos saudáveis dentro e fora da empresa;
  • Implementar corretamente os programas que têm o objetivo de prevenir as doenças ocupacionais, como o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional).

Portanto, a integridade física e mental dos funcionários deve ser preservada com seriedade, adotando as devidas medidas que preservem a saúde e a segurança. 

Somente assim, é possível que uma empresa tenha credibilidade diante do mercado e, claro, garanta os cuidados que a vida do seu time merece!

Conte com uma empresa especializada em saúde e segurança do trabalho para te auxiliar na implementação adequada desses programas.

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