Entenda o que é epi e epc na segurança do trabalho e quais são as diferenças entre eles.
Com certeza você já deve ter ouvido falar sobre os equipamentos de proteção individuais (EPIs) e equipamentos de proteção coletiva ( EPCs).
No entanto, eles não são considerados sinônimos, ou seja, possuem diferenças entre si.
Dessa forma, a única semelhança entre o epi e o epc é que ambos garantem a segurança no trabalho.
Neste artigo, você vai entender melhor sobre cada um deles e ficar por dentro das normas regulamentadoras para cada tipo de equipamento de proteção.
O que é EPI?
O EPI é definido como todo equipamento de proteção individual que deve ser usado pelo trabalhador, a fim de protegê-lo contra acidentes de trabalho.
Além disso, é obrigação das empresas fornecer os equipamentos de proteção aos trabalhadores durante o expediente de trabalho.
Em outras palavras, o EPI deve ser utilizado como uma rede de proteção que promove saúde e segurança no desempenho das atividades.
Dentre alguns exemplos de EPI estão:
- Óculos de proteção
- Capacete de segurança
- Aparelho de proteção auditiva
- Máscara de proteção respiratória
- Luvas de segurança
- Protetor solar
- Colete refletivo
- Calçados de proteção
O que é EPC?
O equipamento de proteção coletiva trata-se de todo equipamento, acessório ou sistema de proteção para ser usado em grupo.
Nesse sentido, ele consegue evitar acidentes coletivos, pois é destinado à proteção de várias pessoas no mesmo ambiente de trabalho.
Alguns exemplos de equipamentos de proteção individual são:
- Proteção de máquinas
- Sistemas de ventilação
- Sinalização de segurança
- Barreiras físicas
- Sistema de combate a incêndios
Vale ressaltar que os equipamentos de proteção coletivas evitam a incidência de doenças ocupacionais que podem dissipar-se em grupos.
Por sua vez, eles devem estar disponíveis 24 horas no ambiente laboral e a sua não existência pode gerar multas e sanções para as empresas.
Diferenças entre EPI e EPC
Embora tanto o EPI quanto o EPC diminuam os riscos de acidentes e protejam áreas importantes como os olhos e a face, eles possuem algumas diferenças básicas.
1- Área de atuação
Enquanto o EPI age de forma individual, ou seja, garante apenas a segurança do indivíduo, o EPC consegue proteger várias pessoas de uma só vez.
2- Obrigatoriedade no fornecimento
Os EPIs são responsabilidade exclusiva do empregador, que não pode deixar de fornecê-los.
Em contrapartida, os EPCs têm a responsabilidade dividida entre a empresa e os trabalhadores.
3- Modo de uso
O EPI é utilizado diretamente no trabalhador, pois deve garantir a segurança e integridade física do mesmo(a).
No entanto, o EPC é usado através do compartilhamento de espaço e não precisa que os trabalhadores o coloque diretamente sobre o corpo.
4- Impacto Positivo na Segurança
O EPI previne acidentes individuais e evita algumas doenças relacionadas ao trabalho de forma branda.
No entanto, a segurança do EPC é mais ampla, devido ao fato de ele conseguir agir sobre todo um grupo de uma só vez.
5- Custos de Aquisição
Os custos do equipamento de proteção individual são arcados pela empresa contratante.
Contudo, os custos do equipamento de proteção coletivo podem ser divididos entre o empregador e a equipe de funcionários.
Entretanto, a maior parte das empresas acabam decidindo custear a instalação de equipamentos de proteção coletiva por conta própria, devido a importância dos mesmos na saúde e segurança de todos que circulam no local.
Normas Regulamentadoras
As normas regulamentadoras que estabelecem as regras e obrigações a respeito do EPI e EPC são:
NR-6
A Norma Regulamentadora NR-6 diz respeito sobre os equipamentos de proteção individual.
Dessa forma, ela estabelece os requisitos mínimos e obrigatórios de segurança e saúde no trabalho, visando o aspecto individual dos trabalhadores.
Além disso, ela fornece quais são as responsabilidades do empregador e dos trabalhadores.
Isso significa que ela deixa claro as informações que envolvem a utilização, fornecimento, manutenção, seleção e treinamentos a respeito do assunto.
NR-9
Por sua vez, a Norma Regulamentadora 9 (NR-9) atinge os equipamentos de proteção coletiva, mesmo que de forma indireta.
Dessa forma, ela dispõe sobre o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e dá outras providências.
Através das diretrizes legais desta norma, os empregadores ficam cientes acerca das medidas de proteção e no controle de riscos ambientais no ambiente de trabalho.
Dentre essas medidas apontadas encontram-se os parâmetros de instalação e uso dos EPCs.
Portanto, é fundamental entender que o EPI e o EPC não são apenas obrigações específicas.
Ambos são essenciais para diminuir o número de acidentes e mortes provocadas por inadimplência no local de trabalho.
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