O mapa de risco é uma representação visual de todos os riscos aos quais os colaboradores de uma empresa estão sujeitos ao utilizar espaços, equipamentos, suprimentos e realizar tarefas. Esse mapa é de extrema importância para o bom funcionamento da empresa no que diz respeito à saúde ocupacional.

O tema vem ganhando cada vez mais destaque na mídia, e com razão. Em 2018, segundo o Ministério do Trabalho, ocorreram 22 acidentes de trabalho por hora no Brasil. O mapa de risco ajuda a reduzir esse índice através da conscientização e da visualização dos riscos envolvidos em uma atividade profissional.

No post de hoje, sua empresa não vai ficar atrás. Você verá a seguir a importância do mapa de risco e como ele deve ser elaborado.

O que é o mapa de risco?

O mapa de risco é uma planta baixa ou esboço do local de trabalho (croqui) que representa riscos diversos aos quais estão sujeitos os trabalhadores. Esse mapa consiste na representação do local, seus equipamentos, seus insumos e suas atividades.

Cada local que apresente risco deverá estar indicado no mapa para fácil visualização do colaborador que ali trabalha, bem como de seus colegas que eventualmente realizem alguma atividade no mesmo local.

O mapa de risco foi criado pelo Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador, do Ministério do Trabalho. Ficou determinada a implantação do mapeamento a todas as empresas que possuam CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).

Os riscos mapeados podem estar ligados a:

  • Elementos que fazem parte do trabalho, como equipamentos, materiais, instalações, suprimentos, matéria-prima e também o próprio espaço onde ocorrem quaisquer tipos de transformações (físicas, químicas ou biológicas);
  • Forma de organização do trabalho, incluindo rotinas, arranjo físico, ritmo de trabalho, turnos de trabalho, postura, treinamento, atividades diversas, entre outros.

Para o diagnóstico dos riscos que podem prejudicar a saúde dos colaboradores, são mapeados todos os elementos e atividades aos quais os trabalhadores estão expostos. Portanto, os objetivos do mapa de risco são:

  • Reunir informações necessárias ao diagnóstico da situação de saúde e segurança na empresa;
  • Viabilizar a troca e divulgação de informações entre os colaboradores, incentivando a prevenção entre si e através de atividades preventivas.

Qual a importância do mapa de risco?

Diante do alto índice de acidentes de trabalho ocorridos todos os dias, nenhuma empresa deve ser negligente quanto aos riscos presentes em suas instalações. Qualquer tipo de empresa, seja ela de atividades físicas ou digitais, deve elaborar um mapa de risco caso entenda que os colaboradores podem passar por acidentes ou doenças ocupacionais.

Isso inclui atividades repetitivas, como a digitação em computadores, por exemplo. Também estão inclusas atividades exaustivas, como ligações telefônicas constantes (telemarketing), ou limpeza e conservação.

A empresa que não elaborar o mapa de risco está sujeita ao pagamento de multa, que pode variar entre R$ 300 e R$ 3.500, além de possível indenização conforme acidentes de trabalho ocorridos.

Como se não bastasse, a empresa em questão ainda perde credibilidade no mercado caso a situação se torne conhecida, o que quase sempre acontece em poucos dias.

Além disso, o principal objetivo do mapa de risco é preservar a saúde e a vida do colaborador. Dependendo do tipo de risco existente na empresa, pode-se gerar dano irreparável à vida, prejudicando para sempre a qualidade de vida do empregado, tanto dentro quanto fora da empresa.

Como elaborar o mapa de risco?

O mapa de risco deve ser elaborado pela CIPA da empresa. Primeiramente, é necessário ouvir colaboradores de todas as áreas da empresa para entender quais são os riscos do ponto de vista de quem está todos os dias sujeito a eles.

Em seguida, o mapeamento deve ocorrer com uma representação gráfica que contenha todas as dependências da empresa, bem como equipamentos e representações de atividades em si.

Para representar os riscos, são utilizados círculos e cores.

Os círculos representam a gravidade do risco, sendo:

  • Círculo pequeno: baixo risco;
  • Círculo médio: risco moderado;
  • Círculo grande: alto risco.

Já as cores são utilizadas para ilustrar o tipo de risco ao qual o trabalhador está exposto, e são utilizadas da seguinte forma:

  • Verde: risco físico;
  • Vermelho: risco químico;
  • Marrom: risco biológico;
  • Amarelo: risco ergonômico;
  • Azul: risco de acidentes.

Entendendo os tipos de risco

qual a importância do mapa de risco - químicos

Risco físico (verde)

O risco físico diz respeito a quaisquer lesões físicas que possam ocorrer devido a choques elétricos, movimentações e utilização de maquinário, barulho, vibrações, radiações, entre outros.

Risco químico (vermelho)

Trata-se do risco proveniente do contato com materiais químicos como gases, ácidos, elementos corrosivos e materiais químicos em geral.

Risco biológico (marrom)

Proveniente do contato com agentes biológicos, como vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos. Inclui também o contato com plantas e animais que representem qualquer intensidade de risco.

Risco ergonômico (amarelo)

Trata-se do risco referente à postura e operação no trabalho. Esforço físico, jornadas prolongadas, repetitividade, uso incorreto de equipamentos e mobiliário, entre outros.

Risco de acidentes (azul)

O risco referente a todo e qualquer acidente físico que possa ser ocasionado durante o trabalho, como quedas, lesões por manuseio de objetos, atropelamentos, pancadas, batidas, entre outros.

E depois que o mapa de risco estiver pronto?

Assim que o mapa de risco for finalizado pela CIPA, ele deve ser disposto em todas as instalações, visível a todos os colaboradores. A intenção é que, uma vez que entendam os riscos aos quais estão expostos, os trabalhadores se tornem mais zelosos com a própria segurança e com a dos colegas de trabalho.

É importante salientar que o mapa de risco só deve ser elaborado por uma entidade ou organização competente, que entenda sua importância e trabalhe de forma séria. Não permita que o mapa de risco seja feito por pessoas que não possuem os conhecimentos necessários, pois isso coloca em dúvida a sua efetividade.

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