Em um contexto global onde as questões ambientais ganham cada vez mais evidência, torna-se indispensável às empresas entender o que é ESG. Isso porque, o termo tem relação com a urgência na adoção de novas práticas econômicas.
Traduzindo, manter o que vem sendo feito no mercado e na sociedade, em geral, quando se trata de produção e consumo já se confirmou como uma estratégia insustentável!
Afinal, as catástrofes que ganham manchetes de jornais diariamente são a prova viva de que o ser humano tem ultrapassado todos os limites estabelecidos pela Natureza.
De tal modo, as organizações que tomam consciência da necessidade de mudança buscam maneiras de reverter esse cenário.
A ideia é produzir de forma sustentável, com responsabilidade social e ambiental.
E é aí que o termo ESG surge!
Confira, neste post, tudo sobre o assunto.
Afinal de contas, o que é ESG?
Simplificadamente, a sigla ESG significa, em inglês, Environmental, Social and Governance. Isto é, em português, Ambiental, Social e Governança (ASG).
Na prática, o termo se refere à intenção de analisar uma empresa e identificar se ela é socialmente responsável, sustentável e corretamente gerenciada.
Em outras palavras, o conceito verifica a importância que um negócio dá às estratégias que buscam minimizar seus impactos ao meio ambiente, priorizar as pessoas e adotar boas práticas administrativas.
Uma empresa que tem seu nome vinculado à sigla ESG, portanto, se destaca como um negócio comprometido com a construção de um mundo mais justo, enquanto é capaz, obviamente, de manter os melhores processos de administração.
Qual a origem da sigla ESG?
A primeira vez que a sigla ESG apareceu foi em um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2005, o qual recebeu o título “Who Cares Wins” (“Ganha quem se importa”, em tradução livre).
O documento surgiu a partir de uma reunião — conhecida também como “Pacto Global” — realizada entre 20 instituições financeiras, de nove países diferentes, dentre eles, o Brasil.
A principal meta do grupo foi desenvolver projetos e recomendações sobre como incluir questões ambientais, sociais e de governança na gestão de ativos, serviços de corretagem de títulos e pesquisas relacionadas ao assunto.
Diante do que foi abordado no relatório, foi possível concluir que a inclusão desses fatores e o fomento de discussões sobre o tema no mercado financeiro dava origem a oportunidades mais sustentáveis e resultados mais satisfatórios para a sociedade.
Como entender o que cada letra da sigla ESG representa?
Depois de entender o que é ESG, chegou o momento de destrinchar um pouco mais o termo.
Para tanto, nada melhor do que detalhar os três pilares desse conceito, conhecendo um pouco mais sobre cada uma das letras que compõem a sigla.
Acompanhe:
Environmental (E)
Em português, a palavra “Environmental” — representada pela letra “E” da sigla — quer dizer “Meio Ambiente”.
Assim sendo, este pilar se refere às práticas de uma organização quanto à conservação recursos naturais e sua atuação no que diz respeito a questões como:
- Aquecimento global e emissão de carbono;
- Poluição do ar e da água;
- Biodiversidade;
- Desmatamento;
- Eficiência energética;
- Gestão de resíduos;
- Escassez de água.
Estão contidos aqui, portanto, os aspectos voltados à atuação da empresa e o impacto gerado por ela na natureza.
Suas operações visam reverter os problemas ambientais existentes e eliminar ou reduzir, o quanto possível, os danos causados ao meio ambiente?
Essas são as perguntas que devem ser feitas.
Social (S)
Quanto à letra “S” da sigla, ela quer dizer, em inglês, “Social”, que em português é uma palavra que pode ser lida da mesma forma, “Social”.
Logo, é neste pilar que estão concentrados assuntos como a relação da empresa com as pessoas que fazem parte do seu universo. Ou seja, as preocupações que o negócio tem com questões como:
- Satisfação dos clientes;
- Proteção de dados e privacidade;
- Diversidade da equipe;
- Engajamento dos colaboradores;
- Segurança no trabalho;
- Investimento social;
- Relacionamento com a comunidade;
- Respeito aos Direitos Humanos e às Leis Trabalhistas.
Resumidamente, o “S” está relacionado à responsabilidade social e ao impacto que um empreendimento causa na comunidade.
Governance (G)
Por fim, o “G”, terceira letra da sigla, quer dizer “Governance”, que em português significa “Governança”.
De tal forma, neste pilar estão contidos os assuntos relacionados à administração do negócio.
Em linhas gerais, podemos citar como exemplos questões como:
- Composição dos conselhos;
- Estrutura de comitê de auditoria;
- Conduta corporativa;
- Remuneração dos executivos;
- Proteção de Direitos Humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção;
- Relações com entidades do governo;
- Auditorias internas e externas;
- Existência de canais de denúncias.
Felizmente, cada vez mais investidores e consumidores têm olhado com mais atenção para as práticas sociais, ambientais e de governança presentes nas empresas.
Isso significa que não são bem vistas pelo mercado e pela sociedade as marcas que se distanciam dos pilares que sustentam o que é ESG.
Através do conceito, inclusive, os negócios podem ser avaliados e o compromisso com uma atuação responsável quanto à parte ambiental, social e à administração pode ser mensurado.
Qual a importância de investir em ESG?
Para terminar, não basta saber o que é ESG para se considerar um negócio engajado no tema. No entanto, isso é o que mais pode ser visto atualmente.
Não raro, muitas empresas, sentindo-se pressionadas pela necessidade urgente de adotar ações sustentáveis, acabam tomando “atalhos”.
Ou seja, optam por uma estratégia que se baseia em gastar energia e dinheiro fingindo, enquanto poderiam, de fato, estar investindo em uma conduta diferenciada e benéfica para todos.
Assim sendo, é fundamental investir, verdadeiramente, no conceito de ESG. Até porque, esses pilares se tornaram primordiais às análises de riscos e tomadas de decisões do mercado.
Exemplo disso é a bolsa de valores brasileira, que possui, atualmente, 70 índices, dos quais 8 pertencem à temática ESG. E a tendência é que esse número cresça.
Além disso, o Índice S&P/B3 Brasil ESG, diretamente ligado à metodologia S&P Dow Jones, se concentra mais nos três pilares, sem considerar questões monetárias de forma isolada.
Portanto, está cada dia mais evidente que as empresas precisam se adaptar à nova realidade caso queiram permanecer em funcionamento.
Afinal, a relevância do conceito ESG é inquestionável e quem não for capaz de captar essa informação… vai ficar para trás!
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