Entenda a importância da ergonomia no trabalho e descubra o que é a NR-17, que trata de diversos fatores.
A ergonomia no ambiente de trabalho impacta diretamente no bem-estar, qualidade de vida, saúde e segurança do trabalhador.
As condições adequadas contribuem não apenas para reduzir riscos ergonômicos, mas também para evitar acidentes de trabalho e melhorar a saúde física e mental dos colaboradores.
Todos esses fatores, quando negligenciados, podem gerar afastamentos, elevar os custos para a empresa e prejudicar gravemente a saúde dos funcionários.
A longo prazo, a ergonomia no trabalho é responsável por manter um ambiente adequado para o desenvolvimento das atividades.
No post de hoje, você entenderá os benefícios da ergonomia e sua importância, bem como o que diz a norma regulamentadora que rege o assunto.
O que é ergonomia?
A ergonomia é o conjunto de práticas e condições que favorecem o bem-estar, a saúde e a qualidade de vida.
No trabalho, a ergonomia se traduz em uma série de fatores que impactam diretamente nessas questões.
Por exemplo, se um funcionário se senta em uma cadeira mais baixa do que o ideal, ele pode ter problemas na coluna, nas pernas e também nos ombros.
Existe, inclusive, um estudo chamado de Análise Ergonômica do Trabalho, que determina quais os riscos ergonômicos presentes nas empresas e o que fazer para solucioná-los.
O que diz a NR-17?
A NR-17 é uma Norma Regulamentadora que traz disposições sobre a ergonomia no trabalho.
Segundo a norma, as condições de trabalho incluem “aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais no posto de trabalho, e à própria organização do trabalho”.
Cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do Trabalho, a fim de avaliar a adaptação das condições de trabalho às características de cada trabalhador.
Existem, dentro dessa norma, três tipos de ergonomia, que vamos explicar a seguir.
Ergonomia física
A ergonomia física é aquela que se preocupa com o espaço físico de trabalho, além da saúde física do colaborador.
Entre os itens avaliados pela ergonomia física, podemos destacar:
- Postura correta do trabalhador em sua posição de trabalho;
- Iluminação do ambiente;
- Temperatura e ventilação do local;
- Acessibilidade (rampas, elevadores, entre outros);
- Condições sanitárias;
- Qualidade dos materiais de trabalho;
- Volume de ruído sonoro;
- Organização do ambiente;
- Condições de trabalho (mobiliário adequado, acessórios necessários, entre outros);
- Tempo em que é necessário ficar em pé;
- Tempo em que é necessário levantar peso e sua quantidade.
Esses são alguns dos exemplos mais comuns, mas existe uma infinidade de fatores que se enquadram na ergonomia física.
Ergonomia cognitiva
A ergonomia cognitiva é aquela que se preocupa com as condições mentais e psicológicas do colaborador, como estresse e trabalho sob pressão.
Além de avaliar a existência desses fatores, ela busca meios de combater o estresse e a ansiedade no trabalho, além de outros fatores que podem impactar negativamente no desempenho e na produtividade.
Alguns exemplos desses fatores são:
- Excesso de competitividade;
- Hostilidade entre funcionários, equipes ou outros grupos;
- Falta de treinamento adequado;
- Dificuldade de comunicação entre liderança e liderados.
Como a ergonomia cognitiva lida com questões mais subjetivas, é necessário maior cuidado e atenção por parte dos gestores e profissionais envolvidos.
Ergonomia organizacional
A ergonomia organizacional é aquela que avalia o funcionamento da empresa, incluindo todos os processos e rotinas que podem oferecer algum risco para os profissionais.
Entre os fatores avaliados, encontram-se:
- Falta de gestão de segurança do trabalho, expondo os colaboradores a potenciais riscos;
- Trabalho repetitivo ou exaustivo, que pode gerar lesões;
- Rotinas ou atividades que exigem prolongadas horas em frente ao computador, podendo gerar problemas de postura, nos braços, pernas e na visão;
- Alto volume de trabalho e quantidade insuficiente de profissionais para dar conta de tudo.
Qual a importância da ergonomia no trabalho?
Em primeiro lugar, preocupando-se com a ergonomia no trabalho, você demonstra que valoriza sua equipe, evitando a insatisfação.
Além disso, diversas doenças ocupacionais e acidentes de trabalho são gerados pela falta de preocupação com a ergonomia.
Sabe-se que vários desses acidentes e doenças podem gerar afastamentos prolongados, que geram alto custo à empresa por ter que pagar o salário do colaborador durante 15 dias antes do afastamento pelo INSS.
Além disso, a empresa teria que contratar outro colaborador para substituir o funcionário afastado.
Tudo isso, é claro, sem contar os danos à saúde do próprio funcionário. Dependendo da gravidade da situação, o colaborador pode até mesmo entrar com ação na justiça para reivindicar os seus direitos.
Por fim, a empresa que valoriza a saúde e a integridade de seus funcionários tem uma taxa de absenteísmo muito menor.
Quando os colaboradores entendem que a empresa os valoriza, naturalmente obtém-se um comportamento mais comprometido, onde os funcionários se mostram mais presentes e assíduos.
O que fazer para implementar todas as diretrizes da NR-17 em minha empresa?
É necessário um plano de ação para cobrir desde a análise até a implementação de mudanças favoráveis dentro da empresa.
Importante salientar que a empresa que não cumpre as regras da NR-17 está sujeita ao pagamento de multa e outras sanções disciplinares, bem como aos processos judiciais.
A melhor forma de evitar isso é realizando uma Análise Ergonômica do Trabalho.
Entenda como funciona e certifique-se de atender à legislação vigente.