Dia após dia, a indústria surge com novos produtos e equipamentos que visam aumentar a produtividade dos colaboradores. Porém, a segurança segue sendo prioridade, através, por exemplo, do Programa de Proteção Respiratória (PPR).  

Embora o PPR seja bastante difundido, ainda acompanhamos uma série de dúvidas pairando sobre o programa. E, saber exatamente como ele funciona pode evitar muita dor de cabeça! 

Para tanto, leia as próximas linhas deste artigo e descubra, de uma vez por todas, tudo a respeito do programa.

O que é o Programa de Proteção Respiratória?

O PPR é um conjunto de ações estabelecidas pela empresa, tendo como principal objetivo proteger o trabalhador contra riscos químicos e biológicos existentes no ambiente de trabalho.

Por meio dele, é realizado um monitoramento da saúde respiratória dos profissionais. O processo envolve seleção e manutenção dos respiradores, bem como a fiscalização do uso de Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR).

Conforme cada tipo de atividade, temos diferentes tipos de riscos respiratórios presentes.

De tal modo, é primordial que um estudo minucioso seja desenvolvido, a fim de mitigar os casos de doenças ocupacionais causadas pela inalação de substâncias tóxicas.

Quais riscos as empresas podem oferecer ao sistema respiratório? 

Diversas enfermidades estão relacionadas à falta ou à utilização incorreta de EPR. Não raramente, vemos trabalhadores exercendo funções insalubres e sendo expostos a contaminantes altamente nocivos.

Ainda que os agentes deletérios sejam invisíveis, já que estão suspensos no ar, é possível identificá-los e se proteger. Entretanto, para isso, é necessário uma análise criteriosa, elaborada através da adoção do PPR, Programa de Proteção Respiratória.

Em geral, as corporações podem oferecer dois principais tipos de riscos ao sistema respiratório: químicos e biológicos.

Riscos químicos

  • Poeira;
  • Gases;
  • Vapores;
  • Fumo;
  • Neblina.

Riscos biológicos

  • Parasitas;
  • Fungos;
  • Bactérias;
  • Vírus;
  • Bacilos.

Conheça as doenças causadas pela exposição aos riscos químicos e biológicos 

Resumidamente, as doenças mais recorrentes em ambientes laborais são ocasionadas por gases tóxicos. Sendo responsáveis por comprometer as vias aéreas, eles causam traqueíte, bronquiolite e bronquite.

Casos mais complexos, onde há maior exposição, podem envolver infecções bacterianas e levar à fibrose pulmonar. Tudo irá depender, sempre, do intervalo de tempo e da intensidade com que o funcionário inalou a substância.

Sintomas como irritação dos olhos ou nariz, presença de sangue ao tossir, falta de ar, tosse ou qualquer outro tipo de alergia também podem surgir. 

Vale ressaltar que cada caso é um caso e determinados elementos podem ser fatais! 

Portanto, ao menor indício de contaminação, o colaborador deve ser submetido a exames como: radiografias torácicas, testes respiratórios e tomografias.

Os benefícios do PPR vão além da saúde do trabalhador

Infelizmente, para muitos empresários a preservação da integridade física dos funcionários parece não ser motivo suficiente para implementação do PPR. 

Nesses casos, é válido saber que a adoção do Programa de Proteção Respiratória pode promover, no mínimo, mais duas vantagens:

 

  • Redução de custos: isso porque, a saúde do trabalhador está diretamente ligada à sua produtividade e aos índices de absenteísmo. Consequentemente, um funcionário saudável reduz custos;
  • Proteção contra multas e indenizações: tendo em vista a obrigatoriedade do PPR, a empresa que está de acordo com as exigências legais não terá prejuízos com multas e ações trabalhistas relacionadas a riscos respiratórios.

 

Como implementar o Programa de Proteção Respiratória? 

Apesar da Norma Regulamentadora NR-9 não estabelecer de forma pragmática quem deve desenvolver o PPR, alguns pontos estão implícitos.

Segundo as atribuições do documento, programas como PPR e PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) devem ser elaborados por empresas ou profissionais especializados em saúde ocupacional e segurança do trabalho.

Além disso, somente um especialista poderá garantir a eficácia do Programa de Proteção Respiratória. Afinal, muitas medidas de segurança precisam ser observadas, tais como:

  • Fiscalização do uso de EPR no local de trabalho;
  • Manutenção, inspeção, higienização e armazenamento dos respiradores;
  • Avaliação médica periódica;
  • Identificação dos ambientes onde há presença de ar contaminado e/ou com deficiência de oxigênio;
  • Garantia de proteção ao trabalhador enquanto exerce sua atividade utilizando o EPR.

Ademais, dois processos são cruciais para o sucesso do PPR e merecem destaque.

Veja a seguir. 

1. Ensaio de Vedação

Sendo o uso de respiradores imprescindível para segurança respiratória e tendo cada rosto seu próprio formato e particularidades, o teste de vedação tem a finalidade de verificar o ajuste facial do EPR.

O ensaio deve ser realizado uma vez por ano em cada um dos profissionais.

2. Treinamento

Uma das principais medidas para prevenção de acidentes é a utilização de EPIs. Com relação aos EPRs, não poderia ser diferente. 

Dessa forma, um treinamento deve ser realizado a fim de orientar os trabalhadores a respeito da forma correta de usar os equipamentos de proteção respiratória. Além do mais, devem ser explicitados os tipos de ricos que cada local oferece. 

Qual a penalidade para empresas que não executam o PPR?

As companhias que não aplicarem o Programa de Proteção Respiratória podem ter graves problemas com o Ministério do Trabalho. Algumas das consequências passam por geração de multas e indenizações judiciais movidas por funcionários.

Definitivamente, seguir a legislação não se trata apenas de uma atitude ética, mas também, inteligente, já que evita prejuízos financeiros e desgastes diante dos órgãos fiscalizadores.

Assim, podemos concluir que adotar o Programa de Proteção Respiratória garantirá a integridade física daqueles que mantêm seu patrimônio funcionando e ainda poupará o seu bolso!

Contudo, vimos que muitas ações são exigidas para a implementação adequada do programa. Portanto, não abra mão de contar com uma empresa especializada em saúde ocupacional e segurança do trabalho.

Implemente o PPR e mantenha seus colaboradores protegidos!