Veja como identificar os riscos ergonômicos na empresa e evite casos de afastamento e lesões por esforço repetitivo.
O aumento desacelerado de casos de doenças ocupacionais no ambiente de trabalho é um dos motivos para que a identificação dos riscos ergonômicos seja feita o mais rápido possível.
Por sua vez, os riscos ergonômicos estão diretamente ligados a outros problemas graves como afastamentos, abalos psicológicos, traumas e incapacidade produtiva.
No entanto, um dos maiores desafios dos empregadores é como identificar e como proceder ao notar a existência de determinado risco ergonômico nas dependências da empresa.
Nesse sentido, a análise ergonômica do trabalho (AET) é uma das soluções encontradas para tornar o trabalho mais seguro e impedir acidentes e lesões.
Neste artigo você vai saber mais sobre os riscos ergonômicos e como identificá-los na empresa, impedindo consequências desagradáveis.
O que são riscos ergonômicos
Os riscos ergonômicos são todas as condições capazes de afetar o bem estar físico, mental e organizacional dos trabalhadores.
Dessa forma, eles interferem na produtividade da equipe e aumentam os gastos com substituição e amparo dos profissionais.
Dentre alguns exemplos de risco ergonômico podemos citar:
- Levantamento de cargas sem o uso de equipamentos de proteção individual;
- Adoção de posturas inadequadas no desempenho das atividades;
- Fadiga visual causada pela grande exposição a telas de computadores e notebooks;
- Realização de serviços sem a verificação dos processos de segurança no trabalho;
- Jornadas de trabalho excessivas ou que ultrapassam os limites toleráveis das CLT.
A ergonomia é a área da segurança do trabalho que cuida do estudo e das soluções capazes de promover a saúde ocupacional, dentro e fora do ambiente de trabalho.
Além disso, ela é regulamentada através das normas regulamentadoras e pode ser dividida em 3 subáreas: ergonomia cognitiva, ergonomia física e ergonomia organizacional.
Como identificar os riscos ergonômicos no local de trabalho?
Como dito anteriormente, a melhor maneira de identificar os riscos ergonômicos é a partir da análise ergonômica do trabalho.
Este procedimento é feito por um profissional especializado em saúde e segurança do trabalho, como um médico(a) ou engenheiro(a).
Neste caso, a análise ergonômica é uma obrigação do empregador, que deve fornecer todas as condições adequadas para a atividade laboral, independente da natureza do cargo.
Dessa forma, sempre que a AET for realizada, consegue identificar todos os riscos existentes, para que as medidas preventivas sejam tomadas no menor espaço de tempo.
Fatores que interferem no aumento dos riscos ergonômicos
Desempenhar atividades repetitivas de forma inadequada
Estas atividades levam ao aumento das chances de desenvolvimento de doenças como as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
Essas doenças são causadas principalmente devido a repetição de processos e podem trazer consequências drásticas a qualidade de vida do trabalhador(a). Logo, a repetitividade é um dos riscos ergonômicos mais comuns e um dos que mais causam afastamentos.
Adotar uma Postura Inadequada
A postura inadequada dos colaboradores é outro risco ergonômico que influencia no bem estar físico e mental no posto de trabalho.
Ela acontece devido a falta de orientações e móveis para escritórios ergonômicos, ou seja, que contribuem para a manutenção da saúde física.
De maneira geral, a postura inadequada é facilmente percebida em atividades como ficar sentado(a) por muito tempo ou ficar de pé por um longo período.
Iluminação deficiente ou em excesso
Diversos estudos apontam que o excesso ou a deficiência de luminosidade são prejudiciais, pois aumentam o estresse, causam dores de cabeça e irritação.
Em uma atividade de risco no ambiente de trabalho a iluminação inadequada aumenta as chances de acidentes graves consideravelmente.
Por este motivo, as empresas devem seguir as orientações da NR 17, que estabelece os parâmetros de seguimento para uma iluminação correta e segura.
Ritmo acelerado de trabalho
Outro risco ergonômico importante é o ritmo acelerado de trabalho. Ele ocorre quando o trabalhador possui um acúmulo de funções e não tem tempo suficiente para executá-las de forma segura e calma.
O resultado final dessa combinação é o aumento do estresse psicológico e físico. Neste caso, o estresse pode influenciar na atuação do sistema imune e aumentar as chances de doenças como depressão, úlcera e gastrite, hipertensão arterial e até infarto.
Jornada de trabalho excessiva
Longas jornadas de trabalho podem levar o trabalhador à exaustão e colocar em risco a segurança de todos.
No Brasil, a jornada máxima de horas permitida por lei é de 44 horas semanais ou 220 horas mensais. Entretanto, não é incomum encontrar pessoas que alegam ultrapassar o limite.
Por sua vez, o esgotamento profissional é o resultado do esforço físico e mental ocorrido nesta situação. Portanto, este é um risco grave e que deve ser mensurado diariamente.
Excesso no carregamento de peso e de cargas
O esforço físico que o levantamento e a movimentação de cargas causam são um risco imediato à saúde dos trabalhadores.
Principalmente se essas atividades forem executadas sem proteção ou de maneira inadequada, provocando alterações no sistema musculoesquelético.
Em alguns casos, o afastamento temporário é a principal consequência da ocorrência frequente desta condição. Existem muitos outros riscos ergonômicos no ambiente de trabalho, porém em tese, esses são os mais comuns.
O que fazer para evitar que os riscos ergonômicos prejudiquem a sua empresa
Para evitar que a empresa receba multas e sanções devido ao não cumprimento das obrigações trabalhistas que envolvem saúde e segurança do trabalho, o empregador deve gerenciar e controlar os riscos ergonômicos.
Todavia, a única maneira de fazer isso é com o suporte e auxílio de uma equipe especializada em realizar a análise ergonômica do trabalho.
Dessa maneira, é possível corrigir os erros existentes, adotar estratégias e planos de gerenciamento de riscos e o principal, garantir a saúde física dos trabalhadores.
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